1.Em qual momento da sua vida você descobriu que era um
escritor ? Você acha que isso é um dom?
FT -Percebi que era um escritor quando fui solicitado a escrever
um livro técnico e acabei o escrevendo em forma de romance porque sentia que na
forma convencional o texto ficava entediante. Não acredito que seja um dom
escrever, mas sim um misto de dedicação, buscar informações organizadas,
sensibilidade para a vida e técnica, ou seja, qualquer pessoa pode escrever,
basta querer.
2.Qual foi o primeiro livro que você escreveu? Quanto tempo
levou para
Conclusão desta obra?
FT- A Fórmula, que tratava dos assuntos do terceiro setor,
das organizações de serviços sem fins lucrativos. Demorei seis meses para
concluir. Posso dizer que o texto ficou meio estranho até que uma revisora me
ensinou a dar a formatação adequada ao texto e então apreendi como escrever
para não dar muito trabalho para os revisores. A maioria acha difícil ler
livros técnicos, por isso arrisquei escrevê-lo em forma de romance e o
resultado foi positivo.
3.Quais seus autores e gêneros literários preferidos?
FT- Autores: Giulio Leoni, Bernard Cornwell, Ken
Follet, entre outros que escrevem romances históricos. Acho mais fácil aprender
com emoção e me divertindo se o assunto está conjugado com uma história. Veja
que as religiões ensinam com parábolas.
FT- Natural, penso numa história que pode ser
baseada em uma experiência própria, em um caso observado que aconteceu com
terceiros, seja uma reportagem jornalística, um filme, um processo judicial e
ela logo vai criando vida. A vida está cheia de histórias interessantes, basta
observar e perguntar. Em cem por cento delas você encontra muito humor e drama,
basta ver de qual o ponto de vista que você quer narrar.
5. Ao longo da sua carreira já teve algum tipo de
bloqueio onde sua inspiração desapareceu? Se sim quanto tempo durou?
FT- Bloqueios são naturais, quando eles surgem
apenas paro a obra e me foco em outra atividade, e quando percebo ele já passou
e tudo retornar ao normal. Acho que isso acontece quando o interesse sobre o
que você está escrevendo é superado por outro qualquer ou uma preocupação
momentanea.
6. As pessoas mais próximas seus amigos e seus
familiares costumam ler suas
obras?
FT- Costumam ler sim, mas são suspeitas para
opinarem, devido a laços que nos une. E por menos que o autor deseje ele
influencia a opinião dos amigos e familiares. Uma coisa é ler a história com
isenção e que deve transmitir as cores do assunto e outra é explicá-la de viva
voz.
7. Entre suas obras qual é a sua favorita? Por quê?
FT- Apaixono-me por cada obra assim que termino de
escrevê-la e assim que começo a escrever outra o processo se reinicia e aquela
por qual me apaixonei se torna distante, quase não lembro, mas posso afirmar
que minhas favoritas são Evangelho Quântico – romance filosófico, Aventura Chinesa – romance de humor e O
Golpista – romance resultado de entrevistas com pessoas ligadas ao crime.
8. O hábito de ler em nosso país está aumentando ou
diminuindo? Aos seus olhos as pessoas buscam mais autores nacionais ou
estrangeiros?
FT- Aumentando sim, percebe-se pelo contínuo
aumento no número de livrarias, editoras e outros diferentes pontos de vendas
que vão desde bancas de jornal, farmácias, lanchonetes de beira de estrada,
etc. Vai se disseminar pela próxima geração por meio dos e-books, que são mais
baratos e independem da logística exigida pelo livro impresso. Lembro ainda que
estamos entrando em um campo novo que são os áudios books e os resumos de
livros para quem não tem tempo.
9. Mesmo com grande quantidade de conteúdo resumido
disponível na internet, você acredita que ainda é possível incentivar novos
leitores?
FT- Haverá uma grande mudança no volume de
informações apresentados pelos livros,
podendo vir a ser mais compactos, com uma nova forma de apresentação adequada
para esta nova geração que busca informações concentradas e resumidas.
10. Um autor, a exemplo de um cantor, escolhe seu
estilo de escrita e com ele trabalha a vida inteira? Um autor de romances
carregará esse rótulo por toda uma vida?
FT- No mundo da literatura a escolha do tema é
aleatório e existe uma infinidade de autores com diferentes visões e estilos, alguns
escrevem por encomenda desde que solicitados, outros partem para a ficção,
romance, política, biografias, reportagens, poesias, assuntos técnicos. Depende
de o autor querer variar e sentir-se confortável no que escolher. Quem disse
que um romancista não pode escrever uma reportagem ou livros técnicos ou ainda
poesias e até mesmo uma letra de música?
11. Qual sua frase preferida?
FT - Se nada é certo, tudo é possível!